IDENTIDADE SURDA

• Diz respeito aos sujeitos surdos que inserem plenamente na comunidade surda e se reconhecem como pertencentes à mesma, usam apenas Língua de Sinais, apresentam características culturais e forma de estar no mundo baseadas na visualidade difundem e militam pelos direitos de ser diferentes e de vivenciar a cultura surda; 

• Pessoa que assume sua deficiência e aceita a Libras; 

• Escolas Bilíngues; 

• Ainda, a identidade surda de transição expressa-se em surdos que, após anos de “cativeiro da hegemônica experiência ouvinte” (PERLIN, 2005, p. 64), passam a frequentar as comunidades surdas e a partilhar das práticas simbólicas desses grupos. As novas interações surdoSurdo, o aprendizado das línguas de sinais, as novas representações e discursos, aos poucos, refazem as formas de olhar, sentir, pensar e expressar o mundo desses sujeitos que vivenciam – em fase de transição – a des-ouvintização das representações da identidade. Como grande parte dos surdos são filhos de pais ouvintes, não raro distantes das comunidades surdas e das línguas de sinais, o momento de descoberta (sejam ainda crianças, jovens ou adultos) de um novo mundo Surdo é comumente ressaltado com entusiasmo nas narrativas autobiográficas de muitos desses sujeitos: marcam-se como um ponto de mutação em que novos horizontes engraçam o olhar e, aos poucos, põem-se a desafiar a ideologia do normal; 

• “Os Surdos ‘apátridas’, filhos de pais ouvintes, têm nas suas memórias subterrâneas o sentimento de exclusão em relação às suas famílias de ouvintes. A ausência de uma língua competente, por mais de dez anos, leva muitos desses sujeitos a pensarem que estavam sozinhos no mundo, impossibilitando a construção do seu passado e futuro” (LONGMAN, 2007, p. 42).